Outro dia recebi uma mensagem de um amigo me perguntando sobre dicas de estudo no exterior. Uma das maravilhas de ser blogueira de viagens (ou travelblogger, se você preferir) é que muitas pessoas vem até você para conversar não só sobre viagens, mas também sobre assuntos da vida profissional, acadêmica e até espiritual! Claro que fiquei muito feliz em conversar com ele a respeito e, após nossa conversa, cá estou para dividir não só com meu amigo Alex, como também com todos que pretendem um dia estudar fora do país algumas dicas pra estudar no exterior.
1 - Defina que tipo de estudo você quer fazer.
Uma das primeiras coisas que uma pessoa que pretende estudar no exterior precisa fazer é definir que tipo de estudo gostaria de fazer. Ou melhor, que tipo de experiência fora do país gostaria de ter e digo isto porque o que percebo é que muitas pessoas procuram cursos no exterior com o intuito de viver uma experiência de viajante fora do país, coisa que é possível, claro, mas se sua intenção é viajar, no sentido literal da palavra, estudar pode não ser uma boa ideia. Dificilmente uma pessoa que objetiva lazer irá se sentir confortável e realizada estudando, certo? Deixando as questões pedagógicas e filosóficas de lado, é preciso entender que "estudar" e "viajar" são conceitos diferentes, que até podem andar juntos, mas que têm suas particularidades e exigências individuais. Em outras palavras, reflita se realmente você quer estudar ou ter uma experiência como viajante no exterior.
2 - Planeje sua saída do Brasil de acordo com sua atual situação profissional e financeira.
Se você está querendo estudar no exterior, pense na sua atual situação financeira e profissional, porque isso pode determinar muita coisa na sua decisão de sair do país. Vamos por partes: se você não está trabalhando e não tem ninguém que possa te auxiliar em guardar grana pra estudar fora, você precisa realizar um planejamento profissional para conseguir um emprego com salário suficiente para que você consiga juntar dinheiro para estudar no exterior. Agora, a respeito da vida profissional, caso você já esteja trabalhando e pretende viajar, você precisa definir se será possível pedir demissão para estudar no exterior ou se é possível pedir uma licença para estudar e, quando retornar, continuar no mesmo emprego. Tanto as finanças quanto a profissão são áreas que acabam determinando muita coisa nas decisões que tomamos na vida.
3 - Faça um orçamento geral de suas despesas.
Este passo é fundamental. De acordo com o tipo de estudo que você quer fazer, você já consegue saber quanto precisará ter para pagar o curso. Depois, é preciso pensar por quanto tempo você consegue/deve juntar dinheiro para pagar o curso e, dependendo do curso, há uma certa burocracia “pré-matrícula”, que geralmente a agência que te assessora ou, mesmo, a administração do curso pode te passar.
De qualquer maneira, fazer um planejamento financeiro é fundamental, porque há etapas a serem cumpridas para matrícula no curso e que exigem pagamentos de determinadas taxas (como o tipo de visto, o de estudante, dependendo do país, por exemplo).
4 - Pense no seu retorno ao Brasil.
Se sua intenção é estudar no exterior, porém retornar ao Brasil, planeje seu retorno. Pense em questões como: em qual área de atuação eu posso buscar um novo emprego após minha certificação no exterior? Como posso desenvolver meu currículo para tentar uma nova vaga no mercado de trabalho? Há necessidade de realizar algum curso ou capacitação no Brasil para validação do curso que fiz no exterior? São questões importantes que vale a pena considerar no retorno ao Brasil.
5 - Não perca oportunidades! Aplique seus conhecimentos!
Muitas pessoas acabam desanimando ao se depararem com situações desafiadoras no mercado de trabalho após retornarem ao Brasil de um período de estudos no exterior. Isto acontece porque muitas empresas infelizmente não valorizam o profissional que se capacitou no exterior em uma universidade ou curso de aperfeiçoamento, o que leva muitas pessoas a deixarem o certificado desses estudos guardado em uma pasta, em casa. Há sempre uma opção de mostrar e investir no mercado os conhecimentos que você adquiriu nos estudos no exterior e você pode fazer isso não só inserindo as novas competências e habilidades que desenvolveu, como também investir em apresentação pessoal e networking que te mostre ao mercado. Não desista! Seu investimento não foi em vão, acredite!
Bem, pessoal, essas são algumas dicas que eu penso serem importantes a serem levadas em conta para estudarmos no exterior. Algumas delas eu usei em minha experiência de intercâmbio e me fazem pensar em como é importante estudar e adquirir novas habilidades físicas e mentais a favor não só de nossa vida profissional, mas pessoal também.
E você? Já estudou no exterior? Sim? Então conte aqui pra gente como foi!
Até o próximo post!